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Boletim 015/2022 do CEM COVID_AMB: Alerta para aumento de número de casos de COVID-19 e medidas necessárias para o enfrentamento atual

O Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (CEM COVID_AMB) reitera e endossa a Nota técnica (NT) da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI): “Alerta para aumento do número de casos covid-19 e medidas necessárias para o enfrentamento atual”*.
Segue na íntegra a NT da SBI que passa a ser também a posição do CEM COVID_AMB:
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), por meio de seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias (CCCIR) vem alertar para o aumento significativo do número de casos de covid-19 no Brasil vem alertar para o aumento significativo do número de casos de covid-19 no Brasil nas últimas semanas, decorrente da circulação da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes1. Pelo menos em quatro estados da federação já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior2.
Nesse momento, para reduzir o impacto de um possível cenário futuro de aumento de hospitalização e óbito por covid-19 são indispensáveis algumas medidas urgentes, à saber:

  1. Incrementar as taxas de vacinação covid-19 principalmente no que tange as diferentes doses de reforço de primeira geração à depender da população elegível, que se encontram todas em níveis ainda insatisfatórios nos públicos alvo;
  2. Garantir aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos independente da presença de comorbidades;
  3. Promover rapidamente a aprovação e acesso às vacinas covid-19 bivalentes de segunda geração, que estão atualmente em análise pela Anvisa;
  4. Relembrando a Nota Técnica desse Comitê em 05/10/2022, é essencial que medicações já aprovadas pela ANVISA para o tratamento e prevenção da covid-19, estejam disponíveis para uso no setor público e privado, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fármacos no Brasil3;
  5. Adoção de medidas de prevenção não farmacológicas como uso de máscaras e distanciamento social, evitando situações de aglomeração principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.

O CCCIR e a SBI solicitam ao Ministério da Saúde, à CONITEC e à ANVISA atenção especial para as medidas sugeridas acima com brevidade, objetivando otimizar as tecnologias de prevenção e tratamento já disponíveis, colaborando para o enfrentamento da situação atual e reduzindo a chance de um possível impacto futuro de óbitos e superlotação dos serviços de saúde públicos e privados por casos graves de covid-19.

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